Secretária Arita Bergmann explica situação de atendimentos oncológicos no estado

A secretária estadual da Saúde, Arita Bergamann, e membros de sua equipe estiveram na reunião ordinária da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (21), para explicar a situação dos pacientes oncológicos no estado. Segundo a secretária, os hospitais não poderiam ter restringido os atendimentos na área durante a pandemia da Covid-19, no entanto muitos o fizeram para proteção de seus funcionários ou em decorrência da própria diminuição da procura por parte dos pacientes, assim como pela redução da oferta de transporte. 

Arita afirmou que o Ministério da Saúde viabilizou mais de R$ 70 milhões em cinco meses aos hospitais filantrópicos e santas casas para compensar atividades meio hospitalares e que os estabelecimentos haviam sido dispensados, no período, do cumprimento de metas quantitativas e qualitativas contratadas junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas que agora, a partir de outubro, essas metas voltariam a ser exigidas para o recebimento dos recursos.

Membro da Comissão, a deputada Franciane Bayer participou da reunião ordinária e destacou como positivo os relatos da secretária. “Há algum tempo estamos debatendo o assunto e alertando para o problema, inclusive junto ao Ministério Público. Nossa maior preocupação é que logo ali na frente tenhamos uma pandemia de casos avançados de câncer pela falta de diagnóstico neste período e por conta da interrupção e adiamento nos tratamentos”.

Demanda reprimida

A secretária disse ainda que na maioria dos municípios o atendimento já havia sido regularizado, mas reconheceu que em Porto Alegre a situação era mais complicada. Segundo o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade, havia hoje 3.481 pacientes oncológicos aguardando consulta em lista de espera. Disse que uma fila de 1.500 pacientes era algo “relativamente administrável”, mas a situação atual indicava a necessidade de se priorizar essa área.

Com Agência de Notícias da ALRS/ Foto: Aryan Morais