Weber propõe comitê gestor para acelerar evolução do projeto que cria política de estado para a produção de etanol à base de grãos


    O deputado Elton Weber (PSB) irá propor à Comissão da Agricultura, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa a criação de um comitê gestor para acelerar a criação de uma política de estado para produção de etanol a base de grãos de inverno, sorgo safrinha, arroz-gigante e batata. 

    Esse foi o encaminhamento da audiência pública realizada nesta quinta-feira (18), na Capital, com a presença de agricultores, vereadores, prefeitos, empresários, pesquisadores e representantes de universidades e entidades.

    O projeto que cria o Proetanol está pronto e chegou à Casa Civil em 2017, explica o coordenador do projeto e extensionista da Emater, Valdir Zonin. O texto define a função das secretarias, os incentivos fiscais para indústrias, a política de produção de sementes e mudas, dentre outros. 
    Proponente da audiência, Weber irá trabalhar pra que o projeto evolua e possa ser votado na Assembleia nos próximos seis meses, garantindo uma legislação para o bioetanol. “Temos mercado, condições técnicas para produzir, empresas interessadas e entidades de pesquisa e universidades trabalhando. O projeto garantirá diversificação e renda ao agricultor, geração de empregos, além de combustível limpo.”

    O objetivo da primeira fase do Proetanol é que o Estado posse se tornar autossuficiente. Atualmente, a produção gaúcha de etanol ocorre a partir da cana-de-açúcar e limita-se a 0,3% do consumo estadual, de 1,5 bilhão de litros ao ano. Weber acrescenta que há três projetos de usinas em andamento nos municípios de Campo Novo, Carazinho e Camaquã. 

    Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Jorge Lemainski, resumiu: “Temos uma fronteira agrícola, um sistema de produção pronto, uma rede de 494 municípios atendidos pela Emater, 37 universidades, redes de insumo e equipamentos, há uma convergência para transformar isso em prol da economia do Estado.”


O Proetanol

  • O projeto foi construído por mais de 50 entidades a partir de reuniões, seminários, grupos de trabalho, visitas técnicas, pesquisas e testes em testes desde 2013;
  • A estimativa é que possam ser gerados 12 mil empregos temporários;
  • O fomento à produção beneficiaria 130 mil famílias de agricultores que passariam a fornecer para mover a nova matriz produtiva;
  • Estimativas indicam que com um quilo de cereal é possível produzir 400 ml de etanol.

Texto: Patricia Meira 

Comentários