Deputado Catarina participa de discussão 
sobre a estiagem na zona sul do Estado 


Após o término dos encaminhamentos da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, na manhã desta quinta-feira (22), o presidente da comissão, deputado Adolfo Brito, abriu uma exceção no regimento para discutir a questão da estiagem que assola parte do Estado, em especial as regiões Sul e Campanha. Foram chamados à mesa para se juntar aos membros da comissão representantes de entidades como Emater, Embrapa, Fetag, Sicredi, além de prefeitos e vereadores das regiões atingidas.


Para apresentar um panorama da situação na região sul, o vice-presidente da Azonasul e prefeito de Capão do Leão, Mauro Nolasco, salientou que 15 dos 23 municípios já encaminharam processo de situações de emergência. O prefeito de Chuvisca Joel Subda afirmou que entre 70 e 80% da safra de milho foi perdida no município. A estimativa é de um prejuízo de R$ 7 milhões. “Se a Agricultura vai mal, tudo vai mal”, afirmou Joel ao pedir a união dos parlamentares em busca de alternativas para amenizar a situação.

O representante da Emater, Lino Geraldo Vargas Moura, apresentou dados sobre as perdas já contabilizadas pela entidade. Na região de Pelotas, 42% da safra de milho foi perdida e 18% da safra de soja. Moura também salientou a importância de os agricultores com produção comprometida e que tenham empréstimo de fazer a Comunicação de Ocorrência de Perdas, para acionar o seguro. A medida visa tentar reduzir os impactos nas economias locais.

Em sua fala, o deputado Catarina ressaltou a importância econômica da agropecuária: “A situação da economia do Brasil e do Rio Grande do Sul seria infinitamente pior não fosse o setor primário. Se o Estado gasta mais do que arrecada há 37 anos, e o setor primário alavanca a nossa economia, imagina nesses momentos em que uma situação dessas se tornam perenes e nós não tratarmos de forma responsável, como será o nosso futuro?”, questionou. Catarina ressaltou também a necessidade de união entre os parlamentares em busca de soluções: “Nosso Estado padece, nesse momento tão nevrálgico da economia do país e do Estado, é importante implementarmos uma política coordenada. Precisamos produzir ações concretas e nos organizarmos na dificuldade. As bancadas devem fazer seus movimentos políticos em convergência com as ações que devem ser capitaneadas pelo governo do Estado”.

Texto: Igor Müller - MTE 17374  - Foto: Guerreiro