Em Pelotas, Catarina preside audiência pública do
 idoso e encerra atividades à frente da CCDH



Garantir uma política pública efetiva de atendimento ao idoso, que atente às necessidades de habitação, saúde e segurança para pessoas que já passaram dos 60 anos foi tema debatido na audiência pública proposta pelo presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Catarina Paladini. Realizada nesta segunda-feira (30), no Centro de Eventos da Fenadoce, em Pelotas, o encontro contou com a participação de mais de 200 idosos, representantes de 14 municípios da Região Sul.



Para o deputado Catarina, o sucesso de público na audiência se deve a conscientização da população que já atingiu a terceira idade e percebe a importância de apropriar-se das informações necessárias para reivindicar seus direitos. “A audiência pública tem como principal objetivo a promoção do debate em busca da informação. Quanto mais falarmos, quanto mais conhecermos as leis que regram nossas vidas, mais acesso teremos ao que nos é garantido por direito”, salientou. “O Brasil está envelhecendo e as estatísticas mostram que é preciso estarmos preparados para esse novo perfil populacional que teremos em poucos anos.”

O parlamentar lembrou que esse foi o segundo debate realizado pela Comissão de Direitos Humanos na Zona Sul, sendo o primeiro em Bagé, primeira cidade a criar uma Secretaria Municipal de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa. “A realização desse encontro, aqui na Fenadoce, deve ser observado como um evento permanente, para discutir as necessidades e as conquistas das pessoas idosas”, afirmou. Catarina encerrou sua fala agradecendo a participação do público e autoridades. “O sucesso dessa audiência me comoveu e afirmo que encerro minha participação na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia com chave de ouro. Sabemos que é preciso avançar ainda mais, mas é preciso enaltecer o que se conquistou até agora.”

Para o presidente do Fórum de Pelotas, o juiz, Marcelo Malízia Cabral, a mobilização provocada pela audiência pública, fortalece a importância de dar vida ao Estatuto do Idoso, criado em 2003. “Cuidar do idoso é um dever ético, moral, mas acima de tudo de caráter, Mais do que termos a Lei promulgada, precisamos dar vida á ela. Precisamos fazer com que ela saia das linhas e se torne uma política efetiva para quem tanto trabalhou para que estivéssemos aqui. O país está envelhecendo e é preciso criar possibilidades para que os nossos idosos vivam com dignidade”, afirmou.

UNIVERSIDADE ABERTA

Entre os programas já aplicados para qualificar a vida dos idosos pelotenses, o destaque da audiência foi a Universidade Aberta para a Terceira Idade, aplicado pela Universidade federal de Pelotas. De autoria da professora Zayanna Lindoso, com o apoio da professora Adriana Cavalli, a primeira turma começou no primeiro semestre deste ano e já tem continuidade garantida para o segundo semestre. “Temos apenas dois meses de trabalho e um alcance impressionante. O trabalho propõe que as pessoas envelheçam com qualidade de vida, pois acreditamos que o respeito à cidadania se dá por meio do conhecimento”, afirmou Adriana.

Para o próximo semestre, a Universidade já conta com 320 inscritos. São cursos não regulares, destinados a promover a integração social e educacional, em favor da qualidade de vida de quem tem mais de 60 anos.

Entre as autoridades que participaram da audiência, a vice-prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados Idosos e Pensionistas da Força Sindical, Lélio Falcão, os presidentes dos Conselhos da pessoa Idosa de Pelotas e Porto Alegre, Jaime Roberto Bendjouya e Angelo Bós, e o secretário municipal dos Direitos Humanos, Wilson Pastorini. A atividade contou ainda a apresentação do Coral de Idosos de Turuçu.