Catarina Paladini afasta-se da Assembleia Legislativa


O deputado estadual Catarina Paladini (PSB) despediu-se temporariamente da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (31). No lugar do parlamentar, assume o deputado Miki Breier, também do PSB. Nos últimos 18 meses, Paladini presidiu a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, integrou a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, assumiu a Secretaria Especial das Cidades da UNALE e consolidou-se como um dos parlamentares mais atuantes da atual legislatura.



Em seu discurso, Catarina afirmou que está pronto para os desafios que seu partido lhe determinar. Ele agradeceu aos colegas de bancada e a todos os parlamentares pelo trabalho e parceria. Disse, também, que espera que a "despedida seja breve".

Para o deputado, a Assembleia viveu, nos últimos 18 meses, tempos difíceis. "Impossível não fazer menção à crise ética e moral da política brasileira. Como reflexo disso, apenas 5% dos brasileiros confiam nos políticos. Mas tenho cada dia mais convicção de que as soluções para os problemas existem e estão na política", destacou. "Resta saber como faremos essa política. Se da forma tradicional e ultrapassada. Ou dialogando, buscando entendimento, unidade, parcerias. É esse o tipo de política que meu partido – O PSB – e eu fazemos. O legado de Eduardo Campos nos mostra que podemos, sim, fazer uma política aglutinadora, com feita com ideais e não por cargos ou espaços", acrescentou.

Ao fazer um balanço do seu segundo mandato, o parlamentar destacou o trabalho frente à CCDH. "Percorri o estado para atender os chamados da sociedade. Debatemos assuntos que julgo essenciais não só para o presente, mas para o futuro como a redução da maioridade penal; a violência contra a mulher – o estupro coletivo que nos chocou a todos na semana passada mostra a importância desse tema; a dignidade dos idosos;  a condição dos Conselhos Tutelares; a segurança pública; o sistema de adoção; as comunidades terapêuticas; a educação especial as redes públicas e privadas; e muitos outros. Atuamos sempre guiados pela crença de que igualdade não é privilégio, é direito", relatou Paladini.

No final de seu pronunciamento, Catarina falou sobre as votações que ocorreram no Plenário da Assembleia nos últimos meses. "Aqui na Tribuna e no Plenário, foram meses difíceis. De decisões impopulares. De debates nas galerias. De ânimos exaltados. De muita cobrança e de muita participação. Quando vejo o povo gaúcho nas galerias deste Plenário, não me sinto pressionado. Me sinto feliz! Porque a política de verdade só faz sentido quando feita dialogando, quando feita com participação popular. Defendo o empoderamento das pessoas para o fortalecimento da democracia", disse.



Catarina encerrou seu discurso lembrando uma frase de Victor Hugo que Eduardo Campos costumava citar: "Nada é mais poderoso que uma ideia cujo tempo chegou".