Segurança pauta seminário da bancada do PSB



Com o objetivo de buscar alternativas para a insegurança no Estado, a bancada do PSB promoveu o Seminário de Segurança sob a Ótica da Cultura de Paz, na noite desta quinta-feira (29), na Assembleia Legislativa. A  abertura do evento foi realizada pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, o coordenador da bancada do PSB, Mário Bruck, o diretor-técnico da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas), Pedro Filho e o coronel da Brigada Militar, Dirnei Vieira.


A atividade contou com três palestras sobre cultura de paz, que abordaram temas como uma nova cultura de proteção à sociedade e ações táticas que geram uma boa convivência entre as pessoas. A primeira apresentação foi do secretário-adjunto de Segurança de Porto Alegre, João Hélbio Carpes que definiu cultura de paz e suas implicações. “A cultura de paz implica nas boas relações aspirando o bem comum, e também o fato de estarmos bem com a gente e com o universo que nos cerca”, finalizou.

Na sequência, o coronel da Brigada Militar, Ataide Moraes, abordou o tema sobre uma nova cultura de proteção à sociedade e destacou que, no auge da violência em que em que estamos seria necessário uma revolução.  “ Não é preciso da identificação dos números para sabermos que estamos inseguros. Estamos sentindo na pele”, disse.  Moraes ressaltou que a Brigada Militar possui 16 mil homens na área de policiamento, mas que este efetivo não conta da conta de combater a criminalidade. " Creio que seja preciso criar mecanismos para combater o crime. Só policiamento não irá mudar", acrescentou ele.

 A coordenadora  de atividades do Núcleo de Justiça Restaurativa do Centro de Promoção da Criança e do Adolescente (PCA), Rafaela Duso, finalizou o bloco de palestras apresentando seu trabalho realizado nas comunidades da Lomba do Pinheiro e do bairro Bom Jesus, e exibiu um vídeo sobre os conflitos dos jovens nas escolas. E também, as divergências que  poderiam ser resolvidas no ato, mas que são repassadas diretamente à polícia. " Um menino da comunidade da Lomba do Pinheiro passou o dia inteiro na Fundação de Atendimento Sócio-Educativa (FASE), apenas porque pegou um pedaço de cuca na sala dos professores. O que poderia ter se resolvido no diálogo foi  motivo de polícia", conta ela.

No final do encontro, o coordenador da Bancada Mário Bruck explicou que o objetivo do debate é formatar um projeto de segurança sob a ótica da cultura de paz. "Se nós tivermos a mesma linguagem incitando a cultura de paz, nós poderemos ter um resultado positivo", finalizou.

Texto e foto: Priscila Valério