Proposta de formação da Região Metropolitana da Zona Sul é apresentada ao deputado Catarina Paladini



A proposta de formação da Região Metropolitana da Zona Sul (RMSul) foi apresentada na manhã desta quarta-feira (7) aos deputado Catarina Paladini, Miriam Marroni e Zé Nunes. A apresentação foi feita pela presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento da Região Sul (Corede-Sul), Roselani Silva, e pelo representante da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), Henrique Feijó. Com o projeto, a região passa a ter um foco para o desenvolvimento econômico e social, primando pela gestão plena, o que resultaria no aumento da arrecadação de recursos para diferentes áreas.


Autor do Projeto de Lei 252/2013, que cria a Região Metropolitana da Zona Sul, Catarina sublinhou a importância da formação urbana para o desenvolvimento econômico e social da região. “Na proposta inicial, seriam 22 municípios contemplados. Temos pólos de conhecimento, infraestrutura, espaços de pesquisa, de saúde e industrial que nos permitem pensar regionalmente na busca por recursos e qualificação dos serviços prestados”, afirmou. “Com a formação da RMSul, o desenvolvimento deixa de ser por município e passa a ser planejado regionalmente.”

O parlamentar lembrou, ainda, que Pelotas tem a terceira maior população do Estado. Isso garante uma característica de capital regional, conforme prevê a lei federal que rege a criação das regiões metropolitanas. “Nossa disposição é fazer com que este projeto se concretize o mais breve possível. Estamos há dois anos com a proposta tramitando na Assembleia. Precisamos da disposição dos municípios que farão parte dessa composição e o diálogo será fundamental. O que não podemos, é perder mais tempo para buscar as melhorias que nossa região tanto precisa”, disse.

Roselani destacou que o projeto de Catarina é uma das iniciativas mais importantes apresentadas nos últimos anos para o desenvolvimento efetivo da região. “A partir desse projeto, e com as delimitações geográficas definidas, temos condições de estabelecer um plano de desenvolvimento integrado, com uma perspectiva de futuro. A proposta trabalha não apenas com o que se pode conquistar de forma imediata, mas propõe um planejamento direcionado em como se expandir no futuro”, disse. “Somos uma região privilegiada em produção de conhecimento, industrial e agrícola. Somos a única região a contar com duas universidades públicas, que tem diferentes áreas de pesquisa e de atendimento em áreas fundamentais, como saúde e engenharia. Nosso posicionamento geográfico é estratégico, com entroncamento de rodovias nacionais e estaduais importantes. Isso só nos favorece”, acrescentou.

GESTÃO

No projeto apresentado pelo Coredes, 12 municípios seriam contemplados na criação da RMSul, somando uma população de 747.883 habitantes e área de 15.981,543 quilômetros quadrados. Nele, o foco está na identificação da realidade econômica. Além disso, áreas como transporte coletivo, coleta de resíduos, central de armazenamento de produtos agropecuários e atendimento à saúde de alta e média complexidade integram as propostas de funções públicas de interesse regional. “São fatores relevantes que precisam ser debatidos com os gestores municipais, para que as definições sejam feitas em comum acordo. Isso tudo demanda tempo e disposição de diálogo”, lembrou o representante da AzonaSul, Henrique Feijó.

Paladini ressaltou que a formação da Azonasul conta com 20 municípios e seu projeto amplia para 22 municípios. “Com a nova proposta, precisaremos rever os municípios que integram o aglomerado urbano. Mas é importante deixar claro que os benefícios que forem conquistados de forma regional beneficiarão os municípios mais próximos, que não formarão o conglomerado”, explicou.

Também participaram da reunião o presidente da Câmara do Comércio de Rio Grande, Antonio Carlos Bacchieri e representantes da Aliança Pelotas, Aliança Rio Grande, Membros das comissões setoriais de desenvolvimento e Econômico e Gestão da Zona Sul.

Texto e foto: Cristiane Franco