Liziane Bayer destaca ações de prevenção ao câncer durante o Outubro Rosa


No mês dedicado à conscientização das mulheres para os cuidados com a saúde, em especial o câncer de mama, a deputada Liziane Bayer (PSB) ocupou a tribuna hoje (29), no espaço do Grande Expediente, para destacar a importância do Outubro Rosa. O Rio Grande do Sul projeta ações afirmativas para alertar sobre a doença, a segunda que mais mata mulheres no país, superada apenas pelas doenças do coração, e tema de projeto de lei da parlamentar e de diversas outras iniciativas para garantir às mulheres o acesso aos exames rotineiros de saúde, à prevenção e ao tratamento.


"O Outubro Rosa, muito mais do que uma expressão, é um símbolo”, iniciou Liziane Bayer, “símbolo do amor e do respeito àquelas que nos dão a vida”, destacando a importância do mês para a realização de exames de saúde das mulheres, em especial o câncer de mama, segunda causa de morte feminina no País, conforme o Instituto Nacional do Câncer. Outubro é o mês símbolo de um movimento internacional, surgido em Nova Iorque para alertar e conscientizar mulheres americanas sobre o câncer de mama, autodenominado Outubro Rosa e identificado por um laço rosa. A iniciativa ganhou o mundo através da iluminação rosa de prédios públicos e privados, marcas urbanas “para que não esqueçamos que em outubro temos que dar a nossa contribuição na luta das mulheres no combate ao câncer de mama”, destacou a parlamentar.

Salvando vidas Liziane Bayer disse que os 31 dias deste mês, em especial, devem ser utilizados para alertar, por exemplo, que o tratamento deve ser iniciado até dois meses após o diagnóstico, como determina a lei. Comprometida com ações de prevenção, ela é autora do Projeto de Lei nº 284/2015, que institucionaliza no Rio Grande do Sul outubro como mês símbolo do combate ao câncer de mama. “Mais que um projeto, é um desejo de contribuir como parlamentar na luta de milhares de gaúchas que estão em tratamento e, de alguma forma, me solidarizar com seu sofrimento e luta, sempre com a expectativa da cura”.

Ela destacou, também, a Lei nº 11.664, de 2008, de autoria do ex-deputado federal Enio Bacci (PDT), agora deputado estadual, que garante às mulheres ações de saúde na prevenção e tratamento do câncer de mama e do colo uterino. A lei garante às mulheres brasileiras o acesso à mamografia a partir dos 40 anos de idade, mas infelizmente, segundo a parlamentar, vem sendo questionada pelo Ministério da Saúde, cujo critério é pela mamografia a partir dos 50 anos. “O cumprimento integral desta lei deve ser uma causa não apenas das mulheres brasileiras e gaúchas, mas do parlamento também”, afirmou.

Liziane ressaltou a audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, presidida pelo deputado Valdeci Oliveira (PT), que tratou da distribuição dos mamógrafos nos hospitais e clínicas do Estado, “equipamentos indispensáveis, porém distribuídos de forma desequilibrada no Rio Grande do Sul”, revelou, adiantando que a partir de março de 2016 vai participar da subcomissão que tratará dessa questão.

 Também  registrou, durante o pronunciamento, a preparação da medicina brasileira para enfrentar a doença, através de aparelhos sofisticados para a detecção do câncer e sua cura. Outra orientação dos médicos é o exame de toque da mama, que pode ser feito durante o banho e permite identificar algum caroço ou alteração, caso em que é preciso buscar imediato atendimento médico. “É importante lembrar que, quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura”, apontou.
Liziane referiu, ainda, a realização da Caminhada Anual das Vitoriosas, que reúne milhares de mulheres sobreviventes do câncer, ao lado de seus familiares, “como forma de lembrar da luta daquelas que foram atingidas pela doença e foram vitoriosas”. Ela participou da caminhada pela primeira vez este ano. 

A cada cem mil mulheres, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, 64, em média, são acometidas anualmente pelo câncer de mama. “É um índice alto demais, que precisa ser reduzido. Esse é o desafio que precisamos vencer”, finalizou.
Também se manifestaram, por meio de apartes, os deputados Missionário Volnei (PR), Zilá Breitenbach (PSDB), Pedro Ruas (PSOL), Sérgio Turra (PP), Stela Farias (PT), Sergio Peres (PRB), Vilmar Zanchin (PMDB), Júnior Piaia (PCdoB), Maurício Dziedricki (PTB) e Regina Becker Fortunati (PDT).

Texto: Francis Maia / Foto: Marcelo Bertani