Extinção da Secretaria Nacional da Juventude motiva pronunciamento de Catarina Paladini


O deputado Catarina Paladini manifestou-se na Tribuna, durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (8), para falar sobre a extinção da Secretaria Nacional de Juventude. A secretaria, criada em 2005, foi considerada um marco importante para a consolidação da agenda da juventude na pauta da política pública nacional.


Em sua fala, Catarina avaliou o fim da Secretaria como um retrocesso. “Não poderia fugir e deixar de externar a minha insatisfação com o fechamento da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para a Juventude. Estamos falando de um quarto da população desse País, do nosso futuro, de pessoas que não têm perspectiva e que a alternativa concreta seria por meio de políticas inclusivas propostas pelo órgão que hoje está sendo extinto”, desabafou.

O parlamentar falou, ainda, que que só se constrói um futuro de uma nação investindo em sua juventude. “O futuro se conquista promovendo ações concretas que possam emancipar as pessoas. Me preocupa ver o quadro que se apresenta no governo federal, a falta de política que atenda a esses anseios da população jovem do Brasil”, disse. A falta de perspectiva, lembrou o deputado que iniciou sua trajetória política no movimento estudantil, já tem reflexos significativos, como a maioria absoluta da população carcerária no país ser composta por jovens de 18 a 29 anos.

Para o deputado, que é autor da PEC da Juventude e do projeto de lei que instituiu o Sistema Estadual de Juventude no RS, há uma grande preocupação com o fim da Secretaria. “Quando temos um retrocesso político nesse sentido, conseguimos dimensionar o impacto disso num futuro próximo. Quero deixar claro que a Juventude Socialista Brasileira é contrária a extinção desse órgão. E nós, integrantes do Legislativo gaúcho, que aprovamos a PEC da Juventude, que cria o estatuto e o Conselho Estadual de Políticas para Juventude, e um conjunto de ações para este público, ficamos frustrados com essa decisão”, destacou. Paladini classificou a decisão como "inaceitável" e finalizou dizendo que "temos que garantir o futuro do País e não retroceder em políticas sociais”, afirmou.

Texto: Cristiane Franco/ Foto: Mariana Carlesso