Deputado Catarina usa redes sociais para falar 
sobre a aprovação do Estatuto da Família


O deputado Catarina Paladini usou as redes sociais para manifestar sua opinião contrária à aprovação do texto principal do Estatuto da Família, desenvolvido pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, criada para debater o tema. O texto estabelece que família é “a união entre um homem e uma mulher”, descartando os demais arranjos familiares. Como presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, o parlamentar salientou que o estatuto põe insegurança jurídica não só as famílias homoafetivas, mas todas as outras que não se enquadram no modelo considerado, por alguns, como “tradicional” que, hoje em dia, segundo o último Censo Demográfico do IBGE, representam 50,1% dos domicílios.

Veja a nota na íntegra:


“Esta semana a comissão especial da Câmara dos Deputados, que discute o‪ #‎EstatutoDaFamília aprovou o texto principal do projeto que define família como a "união entre homem e mulher". Foram 17 votos favoráveis e 5 contrários. Difícil acreditar e aceitar esse resultado! Quanto conservadorismo! Quanto preconceito.

Lembro que, há poucos meses, uma onda tomou conta do Facebook, colorindo as fotos de perfil de 26 milhões de pessoas. Era o mundo celebrando a decisão norte-americana da aprovação do casamento gay. Aqui, no Brasil, a adesão foi imensa. Tanto que despertou o ódio e a intolerância de muitos que são preconceituosos e que não aceitam o amor em suas várias formas de manifestação. Mas, infelizmente, no Congresso o rumo adotado pelos parlamentares é o contrário disso.

Como presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e, antes disso, como cidadão, não posso concordar com esta posição. Família, pra mim, é onde há amor! Família pode ter dois pais, duas mães, um pai, uma mãe, irmão, meio-irmão, tio emprestado, tia adotada, amigo, primo... Para que exista uma família, não é preciso que ela seja construída por um homem e uma mulher. O amor sobrepõe-se a isso! Família é cuidado, é proteção, é carinho, é compromisso, é educação, é respeito, é aconchego, é lar, é conforto, é amor.

Não venham, os conservadores, me dizerem o contrário. Quantas mães solteiras vocês conhecem? Quantos pais solteiros? Quantos pais e mães "emprestados" zelam por seus filhos? Não podemos permitir que essa onda de conservadorismo e preconceito cresça. E não é apenas para defender casamento gay, adoção de filhos por casais homossexuais... É também para isso. Mas não podemos retroceder! Não podemos dar espaço e margem para a intolerância.

Olhem para suas famílias, para a família de seus amigos, de seus vizinhos.”