Projeto de Lei prevê acessibilidade a deficientes visuais em espaços e documentos públicos 


O Projeto de Lei que assegura o pleno acesso das pessoas com deficiência visual  às repartições públicas do Estado, de autoria do deputado Catarina Paladini (PSB), já está na Comissão de Constuituição e Justiça da Assembleia Legislativa, para parecer do relator e, na sequência, apreciação dos deputados. O PL nº 31 /2013 prevê que as repartições públicas sejam equipadas com placas informativas em braile, nos corredores, portas, entradas de salas e/ou gabinetes, dispostas em locais de fácil acesso para garantir acessibilidade aos deficientes visuais.
 
Catarina justifica que a proposta visa garantir a acessibilidade aos meios de informação, respeitando as necessidades impostas em razão das características especiais de cegos e ou aqueles que sejam portadores de qualquer deficiência visual. “A acessibilidade aos espaços públicos e privados é um direito a todo cidadão, e, portanto, constitui-se num direito individual, de cunho fundamental, e visa especialmente à melhoria da qualidade de vida das pessoas portadoras de qualquer deficiência”, declarou o deputado.
 
A preocupação com os cegos, segundo ele, se dá especialmente pela ausência de equipamentos adequados para que as pessoas tenham autonomia. “É dever do Poder Público garantir acessibilidade a todos da sociedade, possuidores de algum grau de deficiência ou não, de forma igualitária, garantindo o direito de todos. Acredito que com essas medidas garantimos a independência das pessoas com deficiência visual, de forma que possam chegar ao seu destino sem dificuldades, estimulando sua participação no cotidiano das atividades públicas, de forma ativa”, avalia.
 
Conforme o texto do projeto, fica assegurado às pessoas deficiente visual receber, sem qualquer custo adicional, os boletos de pagamento de suas contas de água, energia elétrica e telefonia, confeccionados em braile. Para isso, a pessoa com deficiência deverá efetuar a solicitação junto à empresa prestadora do serviço, onde será feito o seu cadastramento. “São ações relativamente simples, mas que farão toda a diferença na vida de quem tem limitações visuais”.

Texto: Cristiane Franco / Foto: Flávia Lima