Catarina fará Grande Expediente em homenagem a Eduardo Campos e
Miguel Arraes
O deputado socialista Catarina Paladini prestará sua homenagem a dois
ex-presidentes do PSB e líderes da política nacional: Eduardo Campos e Miguel
Arraes. O Grande Expediente dedicado a eles ocorre no dia 13 de agosto, às 14h,
no Plenário 20 de Setembro, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do
Sul.
Miguel Arraes nasceu em Araripe, interior do Ceará. Viveu parte de sua vida
no Rio de Janeiro. Mas foi em Pernambuco que construiu sua vida política e
consagrou-se como um exemplo. Em PE, foi Secretário da Fazenda (1947 e 1959),
deputado estadual (1950-1958) e federal (1983-1987; 1991-1995; 2003-2005),
prefeito do Recife (1959-1962) e governador (1963-1964; 1987-1990; 1995-1998)
por três mandatos. Em um dos mandatos de governador, no dia 1º de abril de 1964,
foi deposto pelo Golpe que instituiu a ditadura militar no Brasil e ficou preso
em quartéis do Recife e da Ilha de Fernando de Noronha. Depois, partiu com da
família para o exílio na Argélia, onde permaneceu por 14 anos. Voltou ao Brasil
e seguiu sua luta política. Em 1993, Arraes foi eleito presidente nacional do
PSB, cargo que ocupou até 2005. Em 13 de agosto de 2005, aos 88 anos, no
exercício do seu mandato no Congresso Nacional, ele faleceu.
Eduardo Campos herdou do avô – Miguel Arraes – a paixão e a vocação para a
política. Em 1986, abriu mão de um mestrado nos EUA e ajudou a campanha de seu
avô para o Governo do Estado de Pernambuco. Com a vitória, foi nomeado chefe do
gabinete do governador. No ano de 1990, Campos filiou-se ao Partido Socialista
Brasileiro (PSB) e concorreu pela primeira vez a deputado estadual. Elegeu-se e,
na Assembleia Legislativa de PE, desempenhou como poucos o papel de liderança,
destacando-se como um dos melhores parlamentares da bancada de oposição. Quatro
anos depois, decidiu concorrer a deputado federal e foi eleito com grande
votação – 133 mil votos. De 1996 a 1998 foi Secretário da Fazenda em novo
governo de Arraes em PE. Em 1998 e 2002 reelegeu-se deputado federal. Durante
parte do governo Lula, comandou o Ministério de Ciência e Tecnologia, mudando
radicalmente os rumos da área. Foi um avanço jamais visto. Com a morte de Miguel
Arraes, Eduardo o substituiu na presidência do PSB, em 2005.
A experiência como ministro, secretário e deputado fez Eduardo enfrentar
mais um desafio. Foi em 2006 que ele, dialogando diretamente com a população,
contrariou todas as pesquisas e foi eleito governador de seu estado com 65% dos
votos. A dedicação e os resultados obtidos deram a ele a confiança do povo que o
reelegeu governador ainda no primeiro turno, com 82% dos votos. Ao deixar o
Palácio do Campo das Princesas (sede do governo), ele tinha 90% de aprovação.
Além disso foi, por cinco vezes, eleito o melhor governador do Brasil. Pelo
trabalho desempenhado no estado nordestino, em 9 de abril de 2013, Eduardo
recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, principal condecoração da Assembleia
gaúcha.
O último desafio de Eduardo foi sua candidatura à presidência da República,
em 2014. Percorrendo o Brasil para levar as propostas do PSB para o País,
Eduardo e mais seis pessoas morreram em um acidente aéreo no litoral paulista na
manhã de 13 de agosto de 2014.
Para Catarina, homenageá-los é relembrar a boa política a coragem
necessárias para romper velhas práticas. “Miguel e Eduardo mostraram ao Brasil,
cada um a seu tempo e a seu modo, que a política pode transformar para melhor a
vida das pessoas. Eles nos ensinaram que é preciso governar com coragem,
ousadia, inovando e ouvindo o povo. O reconhecimento deles pelo povo
pernambucano é a maior prova de seu comprometimento com os cidadãos. Que o
Brasil tenha mais políticos como eles e cada vez menos Sarneys, Malufs, Collor.
Como dizia Eduardo, é preciso coragem para mudar o Brasil”, disse.
Texto: Flávia Lima / Foto: Divulgação