Normativas afetam 40% da
produção de aves de Tupandi
Se a
regra de distanciamento de 3 quilômetros de unidades produtoras de ovos férteis,
frigoríficos, fábricas de rações e incubatórios for cobrada pelo Ministério da
Agricultura, a medida inviabilizará cerca de 40% da produção avícola de Tupandi,
que totaliza 4,3 milhões de aves alojadas por lote. Além do risco de suspensão
da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), os agricultores teriam custo
adicional para construir a partir da nova realidade. Mais de 500 pessoas já
participaram das audiências.
Segundo
o secretário da Agricultura de Tupandi, Joaquim José Weber, das 170 famílias
envolvidas na atividade, 60 estão nesta situação. Ele acrescenta que o munícipio
jamais colocaria a sanidade em risco, já que é líder no semento no Estado e a
produção chega a 140 países por meio das integradoras. “Eu acredito que vamos
recuperar os parâmetros antigos, abaixo de um quilômetro, temos barreiras
naturais, morros e matas nativas, que garantem a segurança sanitária”, argumenta
o secretário.
O
problema afeta vários municípios da região. Por isso, devem estar presentes
representantes de Salvador do Sul, São Pedro da Serra, Bom Principio, Brochier,
Maratá, Montenegro, Harmonia e São Sebastião do Caí. A audiência pública ocorre
no Centro de Eventos de Tupandi, na próxima segunda-feira (29), a partir das
14h. Presidente da subcomissão que trata de normas avícolas, o deputado Elton
Weber (PSB) diz que o relatório final irá basear a negociação com o Ministério
da Agricultura. A última audiência será no dia 13 de julho, na Fetag, em Porto
Alegre.
Entenda
o casoAtualmente, a legislação permite que, com base em avaliação
de risco sanitário, a distância mínima de 3 quilômetros seja alterada em função
da doção de nova tecnologias, da existência de barreiras naturais
(reflorestamento, matas naturais e topografia) ou artificiais (muros de
alvenaria) e da utilização de técnicas de manejo e medidas de biossegurança
diferenciadas, que dificultem a introdução e disseminação de agentes de
doenças. Mas, na prática, a flexibilização não está ocorrendo.