Catarina propõe criação da Política Estadual de
Atendimento a Pessoas com Diagnóstico de Autismo




O deputado estadual Catarina Paladini (PSB) protocolou, nesta quarta-feira (17), projeto de lei que visa à criação da Política Estadual de Atendimento a Pessoas com Diagnóstico de Autismo no RS. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome que atinge quase 2 milhões de brasileiros. No mundo, a ONU estima que 70 milhões de pessoas tenham a síndrome. Em crianças, o autismo é mais comum que diabetes e câncer, por exemplo. Daí a importância da iniciativa do mandato. A proposta de Paladini é garantir atendimento através de centros especializados em todo o estado.

De acordo com a proposta apresentada na Assembleia gaúcha, deverão ser mantidos, em diversas regiões do estado, centros de atendimento integrado de saúde e educação especializados. Estes centros terão atendimentos de fonoaudiologia, pedagogia especializada, psicoterapia comportamental, psicofarmacologia, capacitação motora, diagnóstico físico constante, métodos aplicados ao comportamento e musicoterapia.

“O Estado de Pernambuco tem uma realidade que pode nos servir de exemplo, mais uma vez. Ao retomar esse projeto na Assembleia, espero que possamos nos espelhar em iniciativas bem sucedidas e não nos acomodarmos diante da crise ou das dificuldades. Os desafios estão postos e precisam de respostas. A política precisa oferecer as respostas à sociedade. E acredito que esse projeto atende à necessidade de milhares de pessoas que vivem essa realidade”, explica Catarina Paladini.

O projeto também prevê que, para alguns casos, a rede estadual de ensino disponibilizará funcionários com especialização em atendimento a pessoas com a síndrome. Além disso, o Estado poderá articular, junto às universidades, incentivo à pesquisa e projetos multidisciplinares na área.

O autismo é uma condição crônica que não tem cura e o que mais chama a atenção é a dificuldade de interação pessoal. Quem tem o TEA precisa de acompanhamento adequado e qualificado. Quanto mais cedo se inicia a terapia, melhores são os resultados. Texto Flávia Lima/ Foto: Juliana Mutti