Catarina Paladini preside abertura de
Audiência Pública sobre Parto Humanizado
 



A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos recebeu nesta segunda-feira (29), em audiência pública sobre o Parto Humanizado, o deputado federal Jean Wyllys. Jean é autor de um projeto de lei que institui o parto humanizado e o combate à violência obstétrica. O deputado Catarina Paladini (PSB), presidente da CCDH, presidiu a abertura do evento que é realizado em parceria com a Comissão de Saúde e Meio Ambiente.

De acordo com a proposta do parlamentar, toda gestante tem direito à informação e à escolha. A gestante também poderá contar com um acompanhante durante todo o processo. “A proposta vem ao encontro apenas do bem estar de mão e bebê. É uma forma de dar às parturientes a opção que ela desejar, mas coma segurança que a estrutura de saúde contempla”, avalia o deputado.
O projeto contempla ainda que médicos e demais profissionais de saúde deverão dar prioridade à assistência humanizada no nascimento. Assim que nascer, o bebê deverá ser imediatamente colocado em contato com a mãe. “O projeto tem responsabilidade, pois abre exceção apenas para atendimento de emergência, em caso de risco de vida para um dos dois. A mulher também terá direito de permanecer em contato com seu filho, mesmo que ele esteja em unidade de tratamento intensivo”, disse.
 
Para o bebê, a proposta que prevê o parto humanizado também é vantajoso. Além de ir direto para os braços da mãe e poder mamar logo que nascer, o bebê é poupado de procedimentos e exames físicos, ou o de profilaxia da oftalmia neonatal, logo que nasce. Se o cordão umbilical é cortado após parar de pulsar, o bebê ainda tem os benefícios como uma quantidade extra de ferro, o que evita a anemia neonatal.
 
Atualmente, o Brasil é o país campeão de cirurgias cesarianas no mundo. Na rede particular de saúde, 82% dos bebês nascem assim. Na pública, 37%. Mais que o dobro da estimativa aceita pela Organização Mundial de Saúde, que é de 15%.