Frente Parlamentar de apoio à Mineração debate
situação dos depósitos de areia e sustentabilidade
 

A situação dos depósitos de areia em áreas portuárias e na divisa entre os municípios de Porto Alegre e Cachoeirinha foi pauta da reunião de trabalho da Frente Parlamentar de Apoio à Mineração, realizada na manhã desta quinta-feira (30). Com a presença de representantes da Casa Civil, Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), Secretaria Municipal de Urbanismo de Porto Alegre e sindicatos.
Presidida pelo deputado Catarina Paladini (PSB), a audiência tratou especialmente sobre as condições das empresas que precisaram sair de áreas públicas e que não tiveram alternativas de realocação, além dos Termos de Ajuste de Conduta (TACs), firmados pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), mineradores e concreteiras. “O que estamos buscando através da Frente Parlamentar, é regularizar a situação dessas empresas e tratar da mineração de areia como um agente importante da economia gaúcha. Por isso estamos reunindo o maior número possível de entidades envolvidas com o setor, para juntos definirmos os caminhos a serem tomados”, disse o parlamentar.
O secretário adjunto da Casa Civil, Ademir Bareta, afirmou que a pasta é parceira da Frente Parlamentar de Apoio à Mineração. “É uma questão que queremos acompanhar de perto, por entendermos que precisa de uma análise aprofundada. Não podemos avançar em nenhuma atividade se não formos sensatos. As questões ambientais são importantes dentro dessa atividade, mas precisamos tratá-las com sensatez”, avalia.
DEPÓSITOS - O chefe de gabinete da SPH, Miguel Almeida, explicou que a situação dos depósitos de areia junto ao Porto de Porto Alegre é uma das demandas a serem resolvidas pela atual gestão. “A SPH está ciente da situação das empresas e dará a atenção merecida ao tema. Herdamos uma situação delicada, por que não depende apenas da boa vontade política, já que trata-se de uma situação que está na esfera judicial”, disse.
Já a representante da Secretaria de Urbanismo da Capital, Camila Warpechowski, explicou que a situação dos depósitos de areia e brita estabelecidos na divisa do município de Cachoeirinha, são tratados de forma específica. “Entendemos a importância do mercado da mineração para a economia, mas existem condicionantes para regrar os depósitos. Cada caso é único e precisa ser tratado de acordo com a sua atividade. A Prefeitura está à disposição da Frente Parlamentar para encaminhar o tema da melhor forma possível”, disse.

SUSTENTABILIDADE
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Areia (Sindareia), Laércio Silva, a presença de depósitos em terminais portuários é estratégico e viabiliza a economia. “Precisamos tratar a areia como um insumo fundamental para o desenvolvimento econômico e o escoamento do produto é fundamental para que o Estado tenha um mercado competitivo”, disse.
Silva explica que a mineração incrementa a economia e não pode ser considerada como apenas uma atividade que causa prejuízo ambiental. “A sustentabilidade, que tanto nos é cobrada é importante, mas sustenta-se em um tripé formado pelos aspectos econômico, social e ambiental. Atualmente o ambiental tem sido priorizado. É fundamental agirmos com equilíbrio, promovendo políticas públicas que atendam a todos os aspectos, não apenas um”, disse.
A reunião desta quinta-feira contou com a presença de representantes sindicais, empresários e trabalhadores da mineração e depósitos de areia. O próximo encontro de trabalho está previsto para acontecer no dia 28 de maio, com horário e local a ser definido. Texto: Cristiane Franco/Foto: Divulgação