ARTIGO: Os desafios de 2021


*Elton Weber 

Vivemos um ano catastrófico por causa da pandemia da Covid-19 que matou mais de 1,4 milhão de pessoas no planeta e mudou nossa forma de se relacionar e consumir devido as medidas de distanciamento social a partir de meados de março. Um ano devastador que derrubou economias, causando desemprego nos setores de comércio e serviços, fome nas periferias e quebrando pequenas empresas Brasil afora. O cenário ainda é muito preocupante porque trata-se de uma doença sem cura e, até agora, sem vacina. Após nove meses, ainda há limitações de atividades, falta auxílio à população desassistida e o endividamento é grande.


Teremos tempos desafiadores já que a economia brasileira vinha de um quadro de fragilidade antes mesmo do novo coronavírus. E uma crise como essa irá impactar o potencial de crescimento de longo prazo. Mas é possível enxergar uma luz no final do túnel que desemboca em 2021 que, esperamos, seja um ano de retomada do desempenho da economia e, consequentemente, da vida de todos nós.


As previsões do Banco Central são de que a economia brasileira terá uma expansão ao redor de 4% no ano que vem, com previsão de queda de 5,2% em 2020. Expectativa alicerçada no resultado do Produto Interno Bruto, com a economia mostrando sinais de uma aceleração. O cenário considera que o principal risco seria uma segunda onda de contaminações pela Covid-19, o que não aparece nas projeções. Há indicadores positivos também na ocupação das pessoas. O desemprego no Brasil recuou para 11,9% em setembro. Apesar disso, mais de 14 milhões de brasileiros ainda estão desempregados, segundo o IBGE.


Um dos aspectos animadores em todos os estudos é que a atividade agrícola no país não parou em meio à pandemia e as perspectivas são de preços aquecidos para 2021. A agricultura brasileira superou obstáculos logísticos e elevou as exportações de algumas commodities a níveis recorde em meio à Covid-19. Além de manter a oferta no mercado interno num momento em que brasileiros aumentavam suas compras de alimentos em supermercados.


Mais do que nunca, em 2021, o Brasil precisará implementar a reforma administrativa nas esferas federal e estadual, enxugar gastos, acabar com privilégios e estimular novas matrizes produtivas como a que nos preparamos para implantar no Rio Grande do Sul a partir da criação do Programa de Estímulo à Produção do Etanol. O nosso projeto deve chegar em breve para apreciação dos deputados na Assembleia Legislativa.


*Deputado estadual 

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