Catarina pede cautela diante do 
agravamento da crise brasileira



Na tarde desta quinta-feira, enquanto os os parlamentares discutiam a delação envolvendo o presidente da República Michel Temer, o deputado estadual Catarina Paladini, líder da bancada do PSB na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ocupou a tribuna para fazer uma análise da conjuntura atual. Fez questão de lamentar que "em pouco mais de 35 anos de democracia tivemos dois processos de impeachment e podemos chegar ao terceiro, ou quem sabe, a renúncia do presidente atual", lembrou.  O parlamentar refletiu que é preciso ter máxima cautela na condução desse processo nevrálgico que tem a responsabilidade de garantir o futuro da nação brasileira. Mas, também de recuperar a institucionalidade da política e dos agentes públicos, concluiu.




 “É necessário que aprendamos com os nossos erros”, afirmou. O parlamentar ainda faz uma crítica quanto a forma utilizada para viabilizar a chapa Dilma/Temer. Mencionou que tudo que começa mal termina mal. Segundo ele, o PT optou por fazer uma composição pragmática para ter a maioria no Congresso Nacional deixando de lado o diálogo com os partidos que cumpriram o papel fundamental e histórico de ascender a esquerda no governo brasileiro. Tal encaminhamento não tinha como se viabilizar, sentenciou. “Os interesses da velha política se sobrepuseram aos interesses e manutenção das políticas sociais”, afirmou.

Em meio a tanta frustração, Catarina Paladini fez questão de frisar que tal escândalo que ganhou o Congresso Nacional retardou a análise das reformas Trabalhista e da Previdência Social que pouco havia sido dialogada com a sociedade brasileira. “Ganhamos tempo para a participação efetiva na construção dessas reformas”, ponderou.

Os militantes do PSB entendem que a saída nesse momento seria um processo eleitoral de eleições diretas. No entanto, a Constituição Federal, em seu artigo 81, parágrafo 1º, prevê eleições indiretas pelo Congresso Nacional.