7 de setembro – Que Brasil temos; que Brasil queremos?


Miki Breier*

Mais do que comemorar a data da Independência, o contexto histórico que atravessamos exige que façamos a reflexão sobre que Brasil é possível a curto, médio e longo prazo; que Brasil estamos ajudando a construir a partir das nossas cidades?

O contexto atual traz o número de desempregados crescendo cerca de 80% desde a reeleição da ex-presidente; a operação Lava-jato, o impeachment, a situação crítica da saúde, da segurança, da economia, provocando nos empresários e executivos públicos a adoção de medidas drásticas que comprovam a situação de estagnação econômica.


Contudo, justamente agora, é hora de fazer valer o nosso protagonismo! Quem cuida das cidades, cuida também da pátria. O momento é especial para novos arranjos e novas ideias. Isso, no entanto, sem descartar o aprendizado que precisamos ter assimilado com os erros e acertos de nossa história em nível nacional.

Urge que adotemos o jeito certo de mudar e avançar. É hora do Novo, entendido como a forma de propiciar maior intensidade na participação das pessoas junto às decisões sobre os rumos de nossa nação. O país precisa ser um lugar onde todos e todas se sintam acolhidos. Em que as opiniões sejam bem-vindas, mesmo que divergentes. Este é o segredo de uma nova administração. Promover a verdadeira Independência através de princípios essenciais como transparência e qualidade de gestão, que devem ser respeitados e assumidos. O país deve ser um local onde todos e todas sintam sua dignidade respeitada. País Humanizado, Humanizante, para os brasileiros e brasileiras, para as pessoas.

Vamos fazer nosso dever de casa e veremos um Brasil, de fato, independente. Superando a fome, o desemprego, a insegurança, a falta de saúde, a falta de seriedade política, a falta de respeito aos segmentos sociais. Precisamos de democracia real, mais intensa e que propicie que todos e todas se sintam com possibilidade real de independizarem-se em nível econômico, cultural, habitacional, financeiro, educacional, social ideológico, religioso e político.

Ser democrático é saber ouvir e conviver com opiniões contrárias. Quere impor verdades é uma forma velada de autoritarismo. Um governante deve fazer com que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade, respeitando os parâmetros legais.

A população espera sinceridade, transparência e criatividade dos próximos governantes. Promessas sem fundamento não convencem mais. Em tempos de crise, parcerias e criatividade devem estar na ordem do dia dos governantes. O Poder Público necessita dar respostas efetivas para construir um país sustentável.


*Deputado estadual - PSB