No Dia dos Direitos Humanos, Catarina propõe maior reflexão sobre a realidade enfrentada no país



Em 1950 a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o 10 de dezembro como o Dia Internacional dos Direitos Humanos. A data foi criada para chamar a atenção da população mundial para a Declaração Universal dos Direitos Humanos como o padrão comum de realização para todos os povos e todas as nações. Como presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH), o deputado Catarina Paladini falou sobre a data e a importância de estar à frente de uma das mais importantes Comissões da Assembleia Legislativa gaúcha.


Catarina acredita que a data é um chamado para a reflexão. “O ano de 2015 nos mostrou que, passados 67 anos, o Brasil continua a ser um dos lugares mais violentos do mundo. Convivemos com uma triste estatística de 50 mil pessoas assassinadas por ano, na maioria jovens e negros. Esses registros nos fazem pensar sobre o que estamos fazendo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, já que seu princípio está na preservação da vida”, questionou.

O presidente da CCDH salientou que respeitar os direitos fundamentais das pessoas é responsabilidade de todos. “Todos nós, de alguma forma, somos responsáveis pela realidade a que assistimos. Não podemos ficar inertes diante de uma violência que se mostra epidêmica e seletiva, com mortes que atingem, sobretudo, jovens negros e que se naturaliza sem que possamos nos mobilizar para uma discussão sobre as causas reais da barbárie em que vivemos”, avaliou.

O deputado falou, ainda, que a luta pelas desigualdades, através da educação, da formação cidadã, por meio do diálogo, oportunizando espaços para que todos tenham a chance de se manifestar, é um grande desafio.  “Nosso trabalho à frente da CCDH tem esse caráter: de ouvir e de oportunizar espaços de debates. Abrimos a Comissão para as escolas, para o debate sobre os principais temas que afetam o país - como a redução da maioridade penal. E ainda há muito por fazer”, disse.

Para Catarina, a responsabilidade de enfrentar a violação dos direitos humanos vividos no Estado é grande. "Mas esse enfrentamento precisa ser feito de forma ampla e democrática, respeitando credos, crenças e matizes políticas. Essa é a nossa função”, afirmou.


Confira e relembre o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos: http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/dudh.pdf

Texto: Cristiane Franco / Foto: Agência da AL