Crimes de intolerância religiosa
 terão delegacia especial em Brasília


O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, deputado Catarina Paladini, destacou a determinação do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg (PSB), de criar, no Distrito Federal, uma delegacia especializada em crimes de racismo e intolerância religiosa. A decisão foi tomada após o governador visitar o que restou de um terreiro de candomblé, incendiado de forma criminosa, no núcleo rural da Capital do País. Em outubro deste ano, o deputado Catarina Paladini apresentou, na Assembleia Legislativa, o projeto de lei que institui, no RS, o “Dia Estadual de Prevenção e Combate a prática de Intolerância Religiosa”, a ser celebrado no dia 14 de junho.



Paladini explicou que a intolerância religiosa se tornou um dos problemas mais delicados da atualidade. “Crimes como o de Brasília, ou como o que ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre, em 2010, quando um homem de 34 anos foi morto após sair de um retiro espiritual, ou, ainda, o da menina de 11 anos, do Rio de Janeiro, que foi apedrejada ao sair do terreiro que frequentava com a família, têm se tornado comuns e acontecem nos mais diferentes lugares. Eles não podem ficar impunes. A criação de uma delegacia especializada, que trata desses crimes com os rigores previstos na lei, é uma das forma de coibir esses atos”, avaliou. "A Constituição Federal determina que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. E isso precisa prevalecer, pois só assim vamos promover a cultura da paz”, afirmou Paladini.


O caso que ocorreu em Brasília ganhou prioridade de investigação pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, em razão das suspeitas de ter sido um incêndio provocado. O fogo começou por volta das 5h da manhã e se alastrou rapidamente pela estrutura de madeira. Texto: Cristiane Franco