Obras de rodovias estaduais da zona sul são pauta de audiência pública na Assembleia Legislativa



A Comissão de Assuntos Municipais promoveu na manhã desta terça-feira (17), audiência pública para discutir as obras de pavimentação asfáltica das ERS 354, trecho compreendido entre os municípios de Cristal e Amaral Ferrador; ERS 350 compreendendo o trecho entre Dom Feliciano e Encruzilhada do Sul; ERS 737, entre Pelotas e Arroio do Padre e ERS 265 entre Canguçu e Piratini.


Catarina destacou que a maioria dos trechos apresentados na audiência não são extensos e tem uma importância significativa para as cidades. “São municípios que integram uma região agrícola, que dependem das estradas para escoamento da sua produção. Além disso, os cidadãos precisam trafegar por essas vias para levar os filhos na escola e procurar atendimento médico. Temos consciência da situação do Estado e que investimentos de grande monta, hoje, não são possíveis”, disse. “Mas sabemos que todos aqui são solidários como momento econômico pelo qual a administração estadual está passando e estamos todos dispostos a achar uma solução para esse problema, que não é de hoje”, acrescentou.

O parlamentar sugeriu, ainda, que a próxima reunião entre prefeitos, vereadores e deputados aconteça no Daer, com os responsáveis pelo setor das obras. “Para termos um esclarecimento mais preciso de todas as dúvidas apresentadas nessa audiência, penso que devemos ir ao local certo, com as pessoas que poderão nos dar informações mais precisas”, afirmou.

A prefeita de Cristal, Fábia Richter, relatou as dificuldades enfrentadas especialmente no atendimento aos pacientes que precisam sair da cidade para buscar atendimento hospitalar. “Não é possível que nossas gestantes tenham seus filhos a caminho do hospital, como já aconteceu, porque o trecho que precisam percorrer - pouco mais de dois quilômetros - esteja intransitável. Nos nossos municípios não é possível fazer uma gestão baseada em saúde, educação, segurança, sem infraestrutura”, frisou.

Para o vereador, Paulo Silva, de Amaral Ferrador, a preocupação se dá com o atendimento à saúde. “Das quatro ambulâncias que a cidade possui, duas estão sempre no conserto. Precisamos encontrar, juntos, uma solução para os problemas que estamos enfrentando pela falta de acessos”, destacou.

Catarina lembrou que é preciso rever a distribuição dos recursos provenientes de impostos. "Hoje, o governo federal fica com 57% da arrecadação, estados com 25% e municípios com apenas 18%. Temos que unir esforços e buscar a solução para os problemas urgentes e, ainda, para buscar soluções para o futuro. Defendemos o nvo pacto federativo para que tenhamos uma distribuição mais justa dos recursos afinal, é na cidade que as pessoas vivem. Além disso, tem a questão da dívida dos Estados que foi renegociada, mas que Dilma não regulamenta. Isso engessa ainda mais. E a situação não deve melhorar no curto prazo se a presidente não honrar seu compromisso de campanha, de renegociar as dívidas", lembrou.

Texto: Cristiane Franco