Modificação de normas avícolas beneficia produtores gaúchos
Marques também anunciou uma medida que facilitará a produtores manter as granjas em atividade num raio inferior a três quilômetros distância entre estabelecimento avícola de reprodução e abatedouros, fábricas de ração e outros estabelecimentos de reprodução ou comerciais, como determina a lei. Serão incluídos no check list de avaliação de risco o arco de desinfecção com rodolúvio na entrada de propriedade ou granja, pedilúvios na entrada de galpões e barreira vegetal de isolamento, itens também sugeridos pela Subcomissão. Com isso, 30 itens passão a ser checados. A avaliação de risco é considerada para o registro das granjas. “Nós consideramos a proposta do Rio Grande do Sul madura e sensata, sem comprometimento do processo sanitário.”
Outras duas proposições da Subcomissão relacionadas à caracterização de barreiras naturais como topografia e largura da cortina vegetal deverão ser tratadas no âmbito do Conselho Estadual de Sanidade Avícola (Coesa). Relator da subcomissão, o deputado Elton Weber (PSB), ficou satisfeito com o anúncio. “Esperávamos mais, sim, mas demos um passo importante, os produtores voltam para casa com mais tranquilidade para produzir.” O presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de São Pedro da Serra, Diogo Gehring saiu satisfeito: “Ficou muito viável porque queríamos a garantia de que podemos produzir e também a retirada da obrigatoriedade do piso de alvenaria, que custa até R$ 130 mil.”
Diretor da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo do Santos, também fez uma avaliação positiva. “Demos um passo à frente, não foi um passo largo, mas foi um avanço.” As propostas da Subcomissão foram definidas com base em audiências públicas em quatro municípios entre os meses de junho e julho. Foram ouvidos exportadores de carne de frango, sindicatos de trabalhadores rurais, gestores públicos e técnicos da Emater.
Texto: Patricia Meira / Foto: Marcelo Bertani