Catarina volta ao Lar de Idosos São Francisco de Assis, em São Leopoldo, para reunião pública




 Autor do projeto de Lei que insere na grade curricular do ensino médio das escolas das redes pública e privada do RS conteúdos do Estatuto do Idoso, Catarina Paladini (PSB) celebrou o resultado da pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), que avalia a saúde dos idosos que vivem na zona rural do município. O levantamento produzido pela mestranda Letícia Pilotto Casagranda vem ao encontro do projeto do parlamentar que visa à qualidade de vida dos idosos que, nos próximos 30 anos, serão a maior parcela da população brasileira.



Catarina lembrou que o RS tem as cidades onde as pessoas vivem por mais tempo, conforme dados do IBGE. A longevidade, alcançada por meio de mudanças de hábitos, a alimentação saudável e o acesso a medicações que garantem o tratamento de doenças pré-existentes, garantiram um aumento na perspectiva de vida da população. “Essa mudança alerta para a necessidade de promovermos ações efetivas, especialmente na área da saúde pública. Nossos postos de saúde, com raras exceções, não dispõe de geriatras”, exemplifica Catarina.

A pesquisa desenvolvida pelo setor de enfermagem da Ufpel revela que 35,5% da população com 60 anos ou mais ainda trabalha. Destes, 91,8% são aposentados, 72,2% são agricultores e 80,1% têm renda mensal de um a dois salários mínimos. Foram pesquisadas 820 das cerca de 22 mil pessoas residentes na Colônia de Pelotas, sendo 15,8% da faixa etária público-alvo. Os idosos que participaram do trabalho são cadastrados em 10 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com Estratégia Saúde da Família e têm até 95 anos.

Em entrevista ao jornal Diário Popular, a responsável pelo estudo afirmou que pesquisas relacionadas à população idosa são cada vez mais importantes devido ao aumento populacional nesta faixa etária e ao fato de existirem poucos estudos com a população idosa rural, principalmente com olhar especial ao trabalho que eles desenvolvem. Letícia acredita que investigações nesse área são relevantes e podem ajudar a planejar os cuidados direcionados às reais necessidades dos idosos.

Texto: Cristiane Franco / Foto: Marcos Eifler