Projeto cria política de saúde para pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista





O deputado Catarina Paladini (PSB) está propondo através do PL 280 2015 o estabelecimento de diretrizes para a consolidação da Política de Atenção Integral à Saúde das pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista no Rio Grande do Sul. O autista apresenta deficiência de comunicação e interação sociais, dificuldade de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social e padrões restritivos e repetitivos de comportamentos.
 
Nas diretrizes, a matéria legislativa prevê a manutenção, em diversas regiões do Estado, de centros de atendimento integrado de saúde e educação, especializados no tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista; a realização de testes específicos para diagnóstico precoce da referida deficiência, preferencialmente em crianças até 20 meses de idade; a disponibilização de tratamento especializado nas áreas de fonoaudiologia; pedagogia especializada; psicoterapia comportamental; psicofarmacologia; capacitação motora; diagnóstico físico constante; métodos aplicados ao comportamento; musicoterapia.
 
Inclusão
Conforme o projeto de lei, “a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais”, sendo que nos casos em que a pessoa apresenta condições de frequência regular na escola, as redes estadual e privada de ensino disponibilizarão funcionários com especialização em atendimento a autistas. As Universidades poderão oferecer pesquisas e projetos multidisciplinares, com foco no Transtorno do Espectro Autista e na melhoria da qualidade de vida das pessoas com este diagnóstico. E o Poder Executivo poderá, através das Secretarias competentes, regulamentar e gerenciar os recursos disponíveis para viabilizar a execução das obrigações contidas na lei.
 
Na justificativa, o deputado Catarina Paladini observa que a síndrome surge por volta dos três anos de idade e persiste por toda a vida adulta, prejudicando a interação do indivíduo com a sociedade. Assim, “torna-se indispensável que uma série de peculiaridades relativas à saúde e à educação desses indivíduos sejam garantidas pelo poder público”, argumenta. A medida busca atingir também a família dos portadores dessa síndrome. "Nem as escolas públicas ou as unidades de saúde oferecem profissionais habilitados para tratar dos portadores da síndrome do Transtorno do Espectro Autista", aponta o parlamentar.

Texto: Francis Maia / Foto: Juarez Junior