Educação, sucessão rural e infraestrutura
 pautam primeiro semestre de Weber



 

Em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o deputado Elton Weber (PSB) está bastante satisfeito com o trabalho desempenhado para manter e ampliar as políticas públicas voltadas a trabalhadores e trabalhadoras rurais familiares gaúchos. Neste primeiro semestre, Weber destacou como o principal avanço do movimento sindical no Parlamento a inclusão e aprovação da Emenda 54 inserida no Plano Estadual de Educação (PEE), em cumprimento ao Plano Nacional de Educação. A educação é um dos compromissos do mandato.


Pelo texto, o governo estabelece a meta de implantar em regime de colaboração entre Estado e municípios a adoção da pedagogia de alternância por convênios e parcerias com Associação de Casas Familiares Rurais e Escola Família Agrícola. Estas estruturas já existem no Estado, mas encontram dificuldades em receber repasses públicos para a sua sobrevivência. Com a emenda, se atende a uma bandeira histórica da Federação de Trabalhadores da Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetag/RS).

Além de ter apresentado seis projetos que visam evitar o desperdício de dinheiro público, defender o direito à propriedade, garantir segurança e valorizar a diversificação e a cultura, o deputado capitaneou importantes questões que interferem diretamente na sucessão rural na pequena propriedade, outra bandeira de Weber. Participou ainda de negociações com indústrias de leite que devem a produtores rurais, intermediu demandas do Grito da Terra Brasil 2015 com o governo estadual e tomou a frente da ofensiva envolvendo a recuperação do orçamento da Emater, cortado neste ano e insuficiente para manter a empresa operando.

Reconhecido como a voz da agricultura familiar na Assembleia Legislativa, Weber conquistou protagonismo na Comissão de Agricultura aonde nascem os debates sobre os problemas no campo. Nos primeiros 180 dias, empunhou discussões sobre eletrificação rural, sobre classificação do fumo e sobre as normas avícolas que freiam a produção em 70 municípios gaúchos. Do debate, nasceu a Subcomissão das INs 56 e 59 que percorreu o Estado e agora busca solução para centenas de famílias de agricultores familiares que temem pela sucessão rural e o fim de suas propriedades devido às restrições.
O deputado enfatiza que o semestre foi difícil em função da crise financeira que o país e o Estado atravessam. Ele ressalta que a elevação de juros e a paralisia de programas em âmbito estadual e federal afeta diretamente a agricultura. Mas acredita que é possível encontrar saídas, criando alternativas para o desenvolvimento e o crescimento. O deputado acrescenta que neste caminho também será fundamental acelerar a discussão do Pacto Federativo, que penaliza as prefeituras municipais e, consequentemente, os produtores rurais.  “O Estado e o país enfrentam uma situação bastante adversa, mas não podemos nos render. Precisamos criar alternativas, além de lutar pela modificação da distribuição de recursos na esfera pública.”  Texto: Patricia Meira/Foto: Pedro Belo Garcia