Socialistas iniciam preparação 
para as eleições de 2016



O Diretório Estadual do PSB/RS realiza neste sábado (16) reunião ampliada debatendo, entre outros temas, a fusão com PPS e as bandeiras socialistas para 2016. “Nosso eixo central é o planejamento visando às eleições municipais. As candidaturas, as coligações, as bandeiras programáticas e as metas de organização partidária também estão na pauta”, destacou o presidente do PSB gaúcho e vice-presidente nacional da sigla, Beto Albuquerque. Na abertura do encontro, os mandatários socialistas fizeram sua saudação a mais de 300 socialistas de todo o Rio Grande do Sul.

O secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social do RS, deputado Miki Breier destacou que o partido vive um momento ímpar de sua história, marcado pela consolidação do protagonismo nacional. “Não vamos aderir a um governo que não corresponde mais às expectativas dos brasileiros, nem nos aliarmos à direita. Em 2014, o PSB, no segundo turno, fez a escolha certa, pelo contexto do momento, mas é fundamental marcarmos e reafirmarmos nossa condição de terceira via política”, disse, em alusão à polarização eleitoral PT-PSDB. Sobre o trabalho à frente da secretaria estadual do Trabalho, Miki salientou os esforços do Estado para não apenas recuperar o caixa do Estado, mas também para recuperar a capacidade de investimento do Estado. “Estamos debatendo, trabalhando e estabelecendo as metas para tirarmos o governo da crise. Ser governo também é assumir os problemas na hora difícil e não apenas colher os louros dos bons momentos. Muito nos honra ser aliado do governo Sartori desde que a sua candidatura foi homologada”, disse.
  
A líder do partido na Assembleia Legislativa, deputada Liziane Bayer, valorizou a reunião para a qualificação da ação socialista nos municípios gaúchos. “É fundamental estabelecer os planejamentos, traçar os objetivos, dividir nossas opiniões, repartir nossa visão de conjuntura nesse momento”, disse. 

Líder da bancada na AL/RS, Elton Weber salientou a importância do debate sobre o processo de fusão do PSB e PPS para atualizar os socialistas de todo o Estado sobre as perspectivas e os desafios do novo momento da sigla. Weber salientou também a soma de esforços de todos para potencializar as pré-candidaturas socialistas visando às eleições de 2016. “Além de trabalharmos pelo fortalecimento do partido no estado e no país, nosso desafio atual aponta para as candidaturas dos prefeitos, vices e vereadores”, disse ele.  


Representando os prefeitos socialistas na mesa de abertura da atividade, Dalvi Soares, mandatário do município de Dom Feliciano, lembrou da honra e da responsabilidade em ser o próximo representante do PSB na diretoria da Famurs (Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul). “O foco de nossa atuação será o fortalecimento e o desenvolvimento do municipalismo. Se não existir um novo pacto federativo, a gestão das prefeituras se tornará praticamente impossível”, salientou.  

Tarcísio Minetto, secretário estadual do Desenvolvimento Rural e do Cooperativismo, abordou os primeiros meses de atuação na SDR. “Estamos consertando as anomalias que imperavam na secretaria. Nosso papel é levar uma gestão com a cara e a marca do PSB, com compromisso democrático, transparência e foco na gestão. Essa é a nossa contribuição para o crescimento e desenvolvimento do Rio Grande e da Agricultura e do Cooperativismo gaúchos”, disse.

“A bancada do PSB/RS na Câmara dos Deputados tem orgulho de honrar a história do partido e votou a favor dos trabalhadores”. Foi dessa forma que o deputado federal José Stédile iniciou a sua fala, comentando a votação contrária da bancada do PSB/RS em relação aos projetos da terceirização e o pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo federal. “A Dilma disse que não tiraria os direitos trabalhistas e retirou. Disse que a inflação estava controlada, segurou o aumento do combustível e da energia como estratégia eleitoral. Enfim, destruíram o Brasil e agora querem passar a conta apenas para o trabalhador. Se o Brasil fosse um país sério, a presidente Dilma pediria demissão”, criticou.
  
Para o colega de bancada, Heitor Schuch, é fundamental que o partido honre o legado de Eduardo Campos, que após a tragédia, foi representado pela candidatura de Marina Silva e Beto Albuquerque à Presidência da República. “O governo Dilma está inadimplente com os estados e os municípios, já cortou recursos do ‘Minha Casa, Minha Vida’, matou o Fies. Mais do que nunca precisamos fortalecer e consolidar a nossa condição de terceira via independente”, disse, ao criticar o ajuste fiscal votado na Câmara dos Deputados nas últimas semanas. “De cada 100 reais arrecadado pelo governo federal, 45 é destinado para o pagamento de juros e amortização da dívida. A soma disso com corrupção, corresponde aos recursos que faltam na saúde, na educação e na segurança”. Schuch também defendeu itens da Reforma Política, como o fim das coligações proporcionais, mandato de seis anos para prefeitos e vereadores, além de registrar discordância em relação ao voto distrital. Texto: Saul Teixeira/Foto: Dani Barcellos